quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pilates para Crianças

Pilates Kids


















Existem várias diferenças entre o modo de vida das crianças de ‘antigamente’ para as de hoje. Antes, até mesmo para as brincadeiras era necessário um certo esforço físico — subir em árvores no esconde-esconde, jogar futebol em terrenos baldios, correr em carrinho de rolimã, queimada… Hoje, para a maioria, a diversão é dentro de casa ou apartamento; entenda-se televisão, computador e vídeogame. Sem contar com a agenda corrida de colégio, curso de línguas, educação física, quase sempre carregando bastante peso na mochila. Isso tudo, além de estressar os pequenos ainda gera sequelas na postura, entre outros problemas. Para tratar tudo isso, o Método Pilates pode ser uma poderosa ferramenta.
Mas quando se fala em pilates para crianças, uma das primeiras perguntas a vir nas mentes dos pais é: “Mas não é uma atividade muito puxada para meu filho? Não vai comprometer seu desenvolvimento?”
Segundo os especialistas, é justamente o contrário. O pilates só tem a contribuir para o desenvolvimento das crianças, uma vez que além de fortalecer a musculatura para suportar a carga da mochila, corrige a postura, introduz à disciplina, concentração e ainda serve de canal para extravasar a energia típica da idade.
Segundo a professora Bianca Dore, o pilates pode ser aplicado a partir dos quatro anos de idade, desde que em turmas específicas, só com crianças. Ela explica que os exercícios são aplicados de forma lúdica, como uma brincadeira, com o objetivo de conquistar os pequenos alunos à pratica do método e assim corrigir não só os maus hábitos posturais motivados pelo peso da mochila, mas também pela forma relaxada de sentar diante da tevê, do computador e até mesmo na cadeira escolar.
Na fase entre a infância e a adolescência ocorrem as maiores transformações no nosso corpo, que cresce de forma acelerada, definindo-se. O peso exagerado da mochila escolar e a forma inadequada de sentar-se são umas das principais causas de problemas ortopédicos futuros. O pilates tem sido bastante procurado, pelos pais bem informados sobre o método, por prevenir, minimizar e corrigir desvios posturais através de exercícios que se adequam e respeitam os limites e as necessidades de cada criança.
Luciana Fontes, mãe de Gabriela, de 10 anos de idade, conta que resolveu colocar a filha no pilates por considerar ser a forma mais correta de ela se exercitar sem agredir a musculatura em desenvolvimento — o que, em sua opinião, geralmente acontece em outras atividades físicas.
“Além disso, tem o auxílio direto do professor. Decidi inscrevê-la nas aulas para consertar a postura, pois percebo que às vezes ela fica um pouco relaxada. Ela já fez balé e pratica vôlei no colégio. Tem toda uma herança de arte e exercícios físicos na família”, comenta Luciana.
O fato de ser professora de pilates fez com que Marivani Rocha colocasse seus dois filhos gêmeos, Gabriel e Pedro — hoje com quatro anos de idade — nas aulas do método. E isso já faz dois anos. “Desde cedo procurei fazer os exercícios com eles, pelo menos uma vez por semana. Eles têm muita energia e temos que fazer com que a gastem.”
Marivânia também comenta o fato de as crianças estarem muito mais sujeitas ao sedentarismo. “Hoje tem muito computador. Logo cedo, as crianças já sabem ligar, entrar na internet, visitar sites, jogar. Passam as horas vagas sentadas diante dele. Antes as brincadeiras eram correr, subir em árvores; precisava de mais de esforço físico.”
Bate-papo » Bianca Dore – educadora física
Quais os benefícios do pilates para crianças?
Ele trabalha a consciência corporal de forma muito forte. Observamos que as crianças, por hábitos de vida mesmo, também pela carga de escola, carregar mochila, a postura que ela tem de ficar por muito tempo nas cadeiras do colégio, estudando, acabam desenvolvendo uma má postura decorrente dessas atividades diárias deles. O que a gente tenta fazer no pilates é trabalhar exatamente nessa parte de consciência corporal, pois não podemos trabalhar com eles a parte de fortalecimento em si. A gente alonga a musculatura deles. É incrível, hoje em dia, o grau de encurtamento dos jovens e crianças; isso porque não praticam mais tanto atividades físicas como antigamente, têm a vida muito mais corrida: saem do colégio e vão para o inglês ou outra atividade, muito tempo no computador, e a atividade física em si fica de lado. Então trabalhamos em cima da consciência corporal para refletir em cima de uma postura mais adequada.
E o que significa “encurtamento”?
O ideal seria que todo mundo praticasse uma atividade física que pudesse alongar determinados grupos musculares. E o que acontece? Como eles passam muito tempo na postura sentada, na frente da televisão, do computador, no colégio, eles acabam encurtando, principalmente, essa musculatura posterior das pernas e encurvando os ombros, o peitoral, a musculatura anterior. No pilates, a gente vai justamente tentar trabalhar isso; alongar essa cadeia posterior, que vai possibilitar uma postura em pé mais ereta, mais consciente, e também abrir mais o peito, facilitando o alinhamento da coluna.
Há uma idade mínima para a criança ingressar no pilates?
Podemos trabalhar com crianças a partir dos quatro anos. O ideal é que elas trabalhem em grupos separados, pois não temos como trabalhar crianças junto com adultos porque é algo diferenciado, a aula é voltada para elas. De preferência, que essas crianças mais novinhas façam um esporte associado ao pilates. Mas não tem uma regra de idade; a partir dos quatro anos, elas já conseguem entender o que estão fazendo. Nós vamos moldando aos poucos. Tem que ser algo lúdico, meio como uma brincadeira. Aí eles vão ganhando disciplina, concentração, tranquilidade, aliviam a mente.
Praticando o pilates eles suportam melhor o peso da mochila?
Sim, porque os músculos vão estar mais bem alongados, preparados para esse suporte de carga, além da consciência deles em relação ao corpo.
Autor: Isaac Ribeiro repórter
Fonte: 
http://tribunadonorte.com.br

quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Seus pés em um salto alto

August 15th, 2012 by Revista Pilates
De acordo com o Fisioterapeuta nas mulheres, os problemas nos pés são quatro vezes mais frequentes do que os homens e a incidência de artrite, duas vezes mais comuns e a partir dos 65 anos de idade. “Estima-se que mais de 3% da população mundial com idade acima de 55 anos sofra de dores fortes em conseqüência da artrite no joelho“, esclarece o Fisioterapeuta Allan Delano, da Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia.
Segundo o especialista, as mulheres já têm uma tendência natural a ter joelhos voltados para dentro, em forma de“x”, o que contribui para a inclinação da patela, um pequeno osso em forma de pirâmide que se articula com o fêmur e protege a articulação do joelho. “Associado ao uso de saltos altos, isso favorece o desgaste da patela“, afirma o Fisioterapeuta.
Foto: ffffound.com
Tipos de Saltos
Os médicos advertem que os saltos altos e finos são os que causam mais problemas porque com estes saltos, a mulher tende a andar com os joelhos flexionados e sempre se equilibrando. O Fisioterapeuta adianta que a melhor maneira de prevenir danos aos joelhos é troca por calçados do tipo Anabela, que são mais baixos e confortáveis, apresentando uma altura de 4 cm. “O resultado estético pode não ser o mesmo, mas, em termos de saúde e bem estar, essa troca vai seguramente valer a pena”, reforça Allan Delano. Outra ótima opção para quem não abre mão do salto alto, é o uso das plataformas, que são altas, mas em compensação são uniformes e por isso distribuem melhor o peso do corpo.
Peso
Cada um dos pés possui 28 ossos, que formam várias articulações sustentadas por ligamentos e músculos. Para entender melhor essa composição dos ossos, o Fisioterapeuta explica da seguinte forma: se a pessoa está descalça, o peso do corpo é distribuído por toda essa estrutura, mas se calça sapatos com saltos, coloca quase todo o peso no antepé, que é a parte da frente do pé e dos dedos. “Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Na medida que a pessoa caminha se aumenta ainda mais a pressão e ao correr na ponta dos pés então, esta força se multiplica várias vezes. O resultado é uma pressão imensa na região”.
Causas
Além da pressão na ponta do pé, o uso do salto alto e fino causa ausência na mobilidade da parte de trás da perna. “Com o calcanhar nas alturas, o tendão de Aquiles fica encurtado, o que pode ocasionar a tendinite. Os sintomas básicos são a dor e a dificuldade em andar descalço. Os problemas do salto alto não param nos pés. Podem comprometer até os joelhos que, por causa do salto, são flexionados o tempo todo.
Dicas para quem usa salto alto:
  • Quem não pode ficar sem usar sapatos de salto, deve optar pelos modelos com saltos mais largos, que distribuem melhor o peso e estabilizam o tornozelo. Bico quadrado também é o mais recomendado para evitar deformidades dos dedos;
  • Os sapatos plataforma, com a mesma altura do calcanhar à ponta, não pressionam excessivamente o antepé. Mas em compensação chance de torcer o tornozelo é maior;
  • Se puder, deixe a sandália e opte pelo sapato. Assim, o calcanhar estará mais seguro. O reforço lateral proporcionado pelas botas é ainda mais eficiente;
  • Evite saltos muito altos no dia-a-dia. Quanto menor o salto, melhor para a saúde.
Fonte: corpoacorpo.uol.com.br

domingo, 29 de julho de 2012

PORTAL CORPO NEUTRO


Hérnia de Disco

July 27th, 2012 by Revista PilatesNenhum comentário »
Por Carla Hoffman
Fisioterapeuta (CREFITO: 143420-F)
Instrutora de Pilates em formação STOTT PILATES®
hérnia de disco lombar é caracterizada pelo deslocamento do núcleo pulposo para os espaços intervertebrais (centro do disco que se localiza entre as vértebras da nossa coluna).
Admite-se que 80% da população mundial adulta têm ou terão lombalgia, 30 a 40% desta população apresentam hérnia de disco lombar de forma assintomática e 2 a 3% já estão acometidos pelo sintoma desta patologia, cuja prevalência acima dos 35 anos é de 4,8% no universo masculino e 2,5% no feminino. A idade média para o aparecimento da primeira crise de dor é de aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente de dor lombar uma década atrás.
A maioria das hérnias ocorre na região lombar, mas também existem hérnias da região torácica e cervical. Neste texto iremos abordar as hérnias de disco lombares, e para compreendermos o que é a hérnia de disco e seus sintomas, é necessário entendermos como funciona a anatomia e a biomecânica da coluna lombar.
A coluna lombar é formada por cinco vértebras lombares (L1 a L5), são mais robustas e por isso, suportam a descarga de peso, a coluna lombar realiza principalmente flexão e extensão, aproximadamente 40° e 35° respectivamente e apenas 5° de rotação. Com esses movimentos, o disco intervertebral, que pode ser descrito como sendo um conjunto de amortecedor, feito principalmente para suportar as pressões que são impostas as vértebras, se movimentam junto com a coluna, quando ocorre a flexão o núcleo do disco se desloca posteriormente e quando ocorre a extensão o núcleo do disco se desloca anteriormente.
estabilidade da coluna ocorre de maneira passiva e ativa, entre os estabilizadores passivos estão os ligamentos longitudinais anterior e posterior, sendo o anterior mais largo e o posterior mais delgado. Já os estabilizadores ativos, ou dinâmicos, são os músculos profundos do CORE (centro do nosso corpo) que são: o transverso do abdômen, assoalho pélvico, multífídos e diafragma que formam um cilindro de sustentação da coluna, estes são essenciais ao movimento, proporcionando estabilidade e proteção, absorvem os choques e nutrem as articulações.
O que ocorre inicialmente em sua fisiologia é a diminuição dos proteoglicanos no disco intervertebral que são responsáveis pela hidratação do núcleo pulposo. Com a conseqüente perda das propriedades do núcleo pulposo mais pressão é transmitida para o disco intervertebral, o núcleo perde suas propriedades hidráulicas de amortecedor das pressões e as fibras do disco intervertebral tornam-se mais susceptíveis a ruptura e como conseqüência maior a chance de ocorrer hérnia de disco (quando o núcleo de desloca para fora). Com isso, a hérnia de disco comprime as raízes dos nervos e medula, que estão próximas a ela.
Quando a hérnia de disco ocorre na região lombar, causará os sintomas de dor lombar e/ou dor em pernas, e/ou parestesia (formigamento) em pernas e/ou fraqueza em pernas. O local da perna que será afetado dependerá de qual altura da coluna lombar surgiu a hérnia de disco e, consequentemente, qual a raiz do nervo ciático que está comprimindo. Além disso, as lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura.
Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, os fatores como os traumas de repetição notrabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas.
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar e hérnia de disco estão:
•Trabalho físico pesado
•Postura de trabalho estática
•Flexionar e girar o tronco freqüentemente
•Levantar, empurrar e puxar
•Trabalho repetitivo
•Vibrações
•Psicológicos e psicossociais (por exemplo: ansiedade e estresse)
Para tratar a hérnia de disco temos duas opções o tratamento cirúrgico e o conservador. Como a disfunção dos tecidos moles pode alterar o movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da articulação, o tratamento frequentemente inicia-se com fisioterapia para diminuir a dor e o espasmo muscular e aumentar a mobilidade dos tecidos moles.
Portanto, o objetivo passa a ser de melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro, promovendo uma postura e uma estabilidade adequada.
Com os princípios abordados pelo método Pilates é possível manter os benefícios decorrentes do tratamento, através da respiração melhoramos os sintomas de ansiedade e estresse, com os exercícios, que enfatizam a estabilização da pelve, caixa torácica, ombros e cervical, fortalecemos a musculatura profunda e global, melhoramos a flexibilidade, equilíbrio e com isso obtemos uma maior consciência corporal mantendo uma postura mais alinhada e protegida.

Benefícios do Pilates na Incontinência Urinária

November 9th, 2011
Imagem: Internet
A International Continence Society (ICS) define a incontinência urinária como “uma condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico e é objetivamente demonstrável”. As causas da IU são diversas, entretanto na maioria dos casos pode-se citar a idade avançada, a gravidez, o parto, a diminuição dos hormônios femininos na menopausa, o tratamento do Câncer de Próstata e as incapacidades físicas e mentais.

Causas primárias ou agravantes da incontinência urinária:
SEDENTARISMO – pouca atividade física associada a longo período de permanência na posição sentada causam diminuição na força da musculatura do períneo.
TABAGISMO – a nicotina diminui a síntese e a qualidade do colágeno, fundamental na manutenção da elasticidade muscular, e também favorece o surgimento de contrações involuntárias da bexiga. O excesso de tosse, comum aos tabagistas, causa danos aos tecidos de sustentação da uretra e da vagina.
DOENÇAS PULMONARES CRÔNICAS – a tosse provoca um aumento da pressão intra-abdominal em relação à pressão uretral, afora os danos acima mencionados.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS – de origem central ou periférica como na doença de Parkinson, esclerose múltipla, lesão do cone medular, etc.
CONSEQUÊNCIA DE ALGUMAS CIRURGIAS
USO DE DIURÉTICOS – por aumento na produção de urina, em condições já de algum comprometimento da contenção urinária.
INFECÇÃO URINÁRIA – quando com infecção urinária, as mulheres apresentam piora do quadro de incontinência.
DIABETES – devido às alterações da inervação local e à maior predisposição de adquirir infecção urinária.
Outras causas podem ser de duração mais prolongada, até mesmo permanente: hiperatividade do músculo da bexiga, fraqueza dos músculos que seguram a bexiga no lugar, fraqueza no esfíncter uretral (músculo que circundam a uretra), problemas congênitos, aumento da próstata, lesões da coluna espinhal, cirurgias ou doenças envolvendo nervos e/ou músculos (esclerose múltipla, distrofia muscular, poliomielite e acidente vascular cerebral). Em muitos casos, vários fatores estão associados como causa da incontinência.
A necessidade de ir ao banheiro imediatamente, a perda de urina durante o sono ou depois de algum esforço como tossir ou pegar peso, ou não perceber que a bexiga está cheia são situações mais comuns do que se imagina.
Contudo a incontinência urinária se divide em alguns tipos:
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO – ocorre quando a pressão abdominal é superior a pressão de fechamento da uretra, causando uma perda involuntária de urina em esforços como tossir, espirrar ou levantar peso. Ocorre devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico ou por uma fraqueza ou lesão do esfíncter uretral.
INCONTINÊNCIA DE URGÊNCIA– o indivíduo sente urgência em urinar, levando à perda do controle miccional. Acontece quando a bexiga está hiperativa, ou seja, contrai sem o seu comando ou desejo de que ela faça isso. Existem várias causas para essa condição. A bexiga pode tornar-se hiperativa devido uma infecção urinária que irrita a mucosa da bexiga ou por alterações nos nervos que normalmente controlam a bexiga e em muitos casos a causa pode não ser detectada.
INCONTINÊNCIA MISTA- é uma combinação das duas condições anteriores.
INCONTINÊNCIA PARADOXAL – o paciente não consegue eliminar toda urina da bexiga, causando sensação de gotejamento após a micção.
BEXIGA NERVOSA – normalmente a mulher deve ser capaz de suprimir o desejo de urinar e neste caso, ao tentar suprimi-lo ocorre uma contração involuntária do músculo da bexiga (músculo detrusor), escapando urina.
INCONTINÊNCIA POR TRANSBORDAMENTO – ocorre quando a bexiga não é esvaziada por longos períodos, tornando-se tão cheia que a urina simplesmente transborda. Isso pode acontecer quando existe uma diminuição da sensibilidade da bexiga (você não percebe que a bexiga está cheia), quando existe uma fraqueza do músculo da bexiga ou obstrução na uretra que dificulta o esvaziamento normal. A principal causa de incontinência por transbordamento é um aumento da próstata com obstrução da uretra. Por essa razão esse tipo de incontinência é mais comum no homem. Fraqueza do músculo da bexiga e diminuição da sensibilidade pode ocorrer em ambos, homens e mulheres, mas isso é mais comum em pessoas com diabetes, uso crônico de álcool e outros problemas que levem a diminuição da função neuronal.
ENURESE NOTURNA – Perda de urina durante o sono. Quando um indivíduo apresenta duas ou mais causas de incontinência, cada causa deve ser encontrada e tratada apropriadamente.
Embora atinja todas as idades e ambos os sexos, as mulheres são mais suscetíveis à incontinência urinária, apresentando uma probabilidade duas vezes maior de desenvolvê-la. A musculatura mais forte, a uretra mais longa e a presença da próstata contribuem para os índices mais baixos entre os homens.
Além de remédios e as intervenções cirúrgicas convencionais, o Pilates surge como uma nova alternativa de tratamento e também de prevenção à IU, já que tem como um dos principais focos o fortalecimento da musculatura pélvica – favorecendo assim um maior controle sobre o fluxo de urina.
Por isso, alunos de Pilates são menos suscetíveis à doença, já que, durante as aulas eles têm a chance de trabalhar mais as regiões do abdômen e pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a uretra).
É muito importante que cada aluno de Pilates seja avaliado quanto ao nível de consciência da ação dessa musculatura e ainda sejam continuamente monitorados quanto ao padrão respiratório correto durante a atividades. A conhecida “Manobra de Valsalva” (prender a respiração durante o exercício) deve ser reprovada, pois esse ato aumenta ainda mais a pressão intraabdominal e ocasiona maior sobrecarga ao assoalho pélvico, que se fadiga mais rápido e torna-se incapaz de manter-se contraído. O resultado disso é a perda involuntária de urina – evento totalmente constrangedor e indesejável.
No entanto é importante relembrar que os casos de incontinência urinária devem ser acompanhados por um médico que, aí então, poderá indicar o Pilates como uma solução para o problema. Ao fisioterapeuta, ou o instrutor de Pilates, caberá a tarefa de desenvolver e aplicar um plano de reeducação do pavimento pélvico, um processo individualizado e que dê resposta às necessidades de cada paciente.

Fonte: ClubedoPilates